domingo, 17 de outubro de 2010

Universitários criam de robô escalador a liquidificador sem fio

Eletrodoméstico sem fio, robô capaz de escalar fachadas de prédios e software que escreve e edita partituras de instrumento musical são apenas alguns dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos prestes a se formar do Instituto Mauá de Tecnologia. As invenções serão exibidas a partir desta sexta-feira, 15, das 14h às 22h, até domingo, 17 de outubro, das 14h às 20h30, na mostra anual dos Trabalhos de Conclusão de Curso - Eureka 2010, no campus de São Caetano do Sul, região metropolitana de São Paulo .
O evento, que é aberto ao público e tem entrada gratuita, é resultado de um ano de pesquisas realizadas por estudantes dos cursos de Administração, Engenharia (nas habilitações Alimentos, Civil, Controle e Automação, Elétrica, Eletrônica, Mecânica, Produção Mecânica e Química), Design do Produto e cursos superiores de Tecnologia em Gestão Ambiental, Marketing e Processos Gerenciais, que desenvolvem seus projetos sob a orientação dos professores.
A mostra reúne projetos de estudantes que enfrentaram o desafio de desenvolver produtos tecnologicamente inovadores. Alguns criaram alternativas para uma alimentação mais saudável e funcional. Outros apostaram em melhorar e baratear produtos que já existem no mercado, mas não são acessíveis a todos. Divulgar os trabalhos dos alunos para empresas de diferentes segmentos, aproximar o meio acadêmico do empresarial e disseminar novos conhecimentos são alguns dos objetivos da exposição.
Invenções
Um grupo de alunos do curso de Engenharia Elétrica desenvolveu um eletrodoméstico sem fio, que promete facilitar a vida principalmente das donas de casa e profissionais da cozinha. O projeto é baseado na transmissão de energia sem fio (wireless), por meio do conceito de indução magnética que passa a energia de uma bobina principal, localizada em um circuito de potência sob uma mesa ou bancada de trabalho na cozinha, onde será utilizado o eletrodoméstico, para uma segunda bobina instalada no aparelho elétrico. Essa bobina secundária recebe o campo magnético variável de alta frequência, induzindo tensão, a qual é então condicionada convenientemente para alimentar o eletrodoméstico.
Para o eletrodoméstico funcionar, as bobinas têm que estar razoavelmente próximas e bem alinhadas. Seus criadores garantem que isso resolve possíveis problemas de "roubos" de energia, caso algum vizinho tenha um aparelho semelhante em casa e queira utilizar a eletricidade da sua casa. Além disso, os alunos ressaltam que essa possibilidade é muito remota, pois a energia perde-se muito facilmente em um ambiente. Também não há riscos de as pessoas levarem choques, pois as bobinas estão bem isoladas e a tecnologia de campo magnético utilizada, não permite que esse tipo de acidente ocorra.
Para a primeira fase do projeto, os alunos escolheram um liquidificador, mas a ideia principal está no método desenvolvido, que permite a instalação do equipamento em qualquer outro eletrodoméstico.
Outros formandos do curso de Engenharia Elétrica inventaram um dispositivo de auxílio para deficientes visuais. O Talk to me, como é chamado, é um dispositivo eletrônico capaz de fornecer, por meio de áudio, informações sobre determinado produto de um estabelecimento comercial. O equipamento é capaz de "identificar" a etiqueta, comunicar-se com o banco de dados e "ler" para o consumidor as informações a respeito do produto.
Uma cadeira de rodas para facilitar a mobilidade de crianças com necessidades especiais é a criação de estudantes do curso de Design do Produto. A Color Trek é movimentada por propulsão humana, mas, diferentemente das cadeiras normais, que utilizam a habitual movimentação manual, o projeto dos alunos prevê acionamento por um sistema de alavancas e catracas individuais, que quando movimentadas para frente ou para trás, proporcionam o giro das rodas. Essa inovação é o que torna o produto bem mais atrativo para crianças, além de reduzir o esforço do usuário.
Estudantes do curso de Engenharia de Controle e Automação criaram um robô capaz de escalar fachadas prediais. Trata-se de um equipamento semiautônomo de movimentação vertical que, acionado por cilindros pneumáticos e sustentado por ventosas, é capaz de locomover-se em superfícies de vidro, realizando serviços de limpeza em edifícios, ou até mesmo fazendo a instalação de anúncios publicitários.
Para músicos, instrumentistas, compositores, escolas de música e estúdios de gravação, alunos da 4ª série do curso de Engenharia de Controle e Automação criaram o Musicalle, um software que escreve e edita partituras de um instrumento solista e auxilia na edição da obra escrita, inclusive quando o músico cria a canção de ouvido e necessita escrevê-la ou informar ao instrumentista o que deve ser tocado.
Mais informações sobre a mostra podem ser obtidas no site www.maua.br.

fonte: Notícias Terra

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